Wednesday, January 22, 2014

 

Há trinta anos

      
    Há trinta anos, eu era assim, segundo Francisco Zambujal, caricaturista já falecido, irmão do jornalista e escritor Mário Zambujal.






Há trinta anos morei aqui...
De 1979 a 1983 morei aqui (Lisboa, rua Basílio Teles, rés do chão do n.º 9, na casa da D.ª Delfina Tavares).


E estudava aqui... (Faculdade de Direito de Lisboa).





 

Datas






A 22 casámos...





A 22 de janeiro de 2003 casámos em Beja e logo viajámos para o Recife (Pernambuco) em lua de mel, curta mas deliciosa. Faz hoje 11 anos. E adoraríamos voltar lá. Por enquanto a crise não permite, mas quem sabe um dia...





                                                                 A 22 mudámos...





A 22 de janeiro de 2013 mudámos de Cuba para Beja, para esta casa. Faz hoje 1 ano.
Após a experiência de viver em Cuba por um ano e pouco, regressámos à cidade. Por quanto tempo? ninguém sabe...

Nunca a vida foi tão incerta. Ou foi, nós é que não víamos e agora vemos?
Enfim, a viagem continua dentro de momentos.
(Na verdade o destino de tudo e de todos é certo. Até demais. Nós é que desviamos o olhar).

Tuesday, January 14, 2014

 

Biblioteca de Aljustrel







Hoje fui com a Conceição (que fez 60 anos) passear a Aljustrel. Entre outros lugares (Nossa Senhora do Castelo, Moinho da Malpica (segundo José Hermano Saraiva o sítio de onde se tem a mais impressionante vista sobre a vila), visita aos primos Ana e Zé Manel, fomos conhecer a Biblioteca Pública. Gostámos bastante. É um espaço muito agradável. No acervo de livros estão algumas centenas que li, nos meus vinte e tal anos, quando era leitor habitual da biblioteca, então localizada no edifício da Câmara Municipal.
Nessa altura descobri a obra e o génio de alguns escritores, em especial António Lobo Antunes, José Saramago e Fernando Pessoa. Deste li tudo o ali havia dele e sobre ele.
Hoje, passeando ao acaso entre as estantes e olhando as lombadas, deitei mão a um livro e saíu-me a Vida e Obra de Fernando Pessoa, de João Gaspar Simões. Aquele velho calhamaço foi meu bom companheiro por algumas semanas da minha vida de então e merecia um olá e uma festa. Abri e li algumas frases. Não pude recuar como gostaria (mas só por alguns momentos) à minha idade de então, mas apreciei o reencontro inesperado (são os melhores).



 

Tradições e Celebrações



Com as tradições e as celebrações dá-se por vezes algo curioso: se não pode celebrar ou cumprir a tradição, fica a pessoa frustrada e triste.
A meu ver, dado que tradições e celebrações são simples convenções, meros álibis para partilha ou confraternização, sinto que não perco nada se não participar nesta ou naquela, por qualquer impedimento ocasional. Nem a tradição se perde (cumprem-na os que o puderem dessa vez e eu o farei noutras) e nem eu perco nada de especial, pois mais ocasiões haverá certamente para encontros e partilhas. Seja Natal ou aniversário ou qualquer outra convenção, se puder celebrar, muito bem, se não, tudo igualmente bem.



Saturday, January 11, 2014

 

Romantic Love Songs - Instrumental Hits


 

Política




O meu peso e a minha responsabilidade no estado do país são ínfimos. Serão sempre ínfimos.
Os que o guiaram até ao péssimo estado em que se encontra e o dirigem para um futuro de sofrimento e miséria para a generalidade do nosso povo são os responsáveis. Os dirigentes políticos dos últimos 40 anos e os seus mandantes.
Prometeram um futuro melhor para os portugueses e é o que se vê e o que ainda falta ver mas era melhor não.
Podem continuar a sua macabra tarefa de destruição de um país e de um povo.
Essa é responsabilidade deles, não minha. Não contem com o meu acordo ou o meu voto.  Gostaria que ardessem no inferno que atearam, mas sei que não será assim. As vítimas sempre foram e sempre serão os inocentes.

Friday, January 10, 2014

 

Perder


Perderás tudo.
Quanto mais tiveres, mais perderás.
Muito ou pouco, breve será nada.
(Breve serás nada).

 

Preencher o vazio




Na mente humana existe um vazio que resulta de uma contradição fundamental, insuperável: a nossa necessidade de compreender mais e a tudo atribuir sentido; e a impossibilidade de obter isso.
Esse vazio foi sendo preenchido por crenças, sobretudo de natureza religiosa ou mágica. Modernamente, é preenchido sobretudo pela crença nas possibilidades ilimitadas das ciências e tecnologias.
A necessidade de compreender e dar um sentido pode ser assim saciada, ainda que seja de forma tão duvidosa como manifestamente ilusória.
Ilusões úteis, porque a alternativa - viver sem poder atribuir sentido a grande parte da vida e do mundo em que estamos imersos - seria difícil de tolerar. Poucos suportam persistir nessa “terra de ninguém”, onde o absurdo, o acaso, o sem sentido realmente imperam.
Escritores, poetas, filósofos, por lá passam, mas geralmente recuam e protegem-se com crenças particulares, da mais diversa natureza.
Tudo desculpável, desde que, pelo menos de vez enquando, cada um desconfie seriamente de si mesmo e das suas frágeis crenças e aceite que o absurdo reina.
E que o verdadeiro sentido da vida é não ter sentido nenhum.

Entretanto, essa necessidade interior de preenchimento e de sentido permitiu o florescimento de inúmeras religiões organizadas. As maiores souberam aliar-se aos poderosos, para benefício mútuo. Os poderosos conseguiam um instrumento coadjuvante do controle social. E as classes religiosas obtinham algum poder e prestígio.

Modernamente, as religiões viram largamente diminuído o seu papel de controle social, substituídas pelos modernos mass media. São estes os poderosos meios de controle social da modernidade.

As religiões subsistem como tradições culturais, repetem rituais, mas pouco pesam nas representações mentais do mundo. A escala moderna de valores, poderosamente materialista (centrada no dinheiro e nas comodidades que permite) deixa pouco lugar à espiritualidade, fonte de alimentação das religiões.

 

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