Monday, June 20, 2011

 

Eu no Hospital, em Maio de 2011

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Diário de um doente

"Curiosamente, a proximidade da morte e o conhecimento íntimo de dores novas e terríveis não alterou um milímetro da minha atitude filosófica e religiosa perante a vida, sedimentada ao longo da vida. Sou um homem profundamente religioso. Por isso, tenho uma aversão visceral pelas religiões, em especial a Católica, pois nada há de mais oposto ao meu profundo sentido religioso do que as ditas religiões.

Sou tão religioso que aceito com amor as coisas boas e com paciência as coisas más, com total tranquilidade interior.

Gosto muito de estar vivo, mas não tenho medo algum da morte. Nem por um instante a temi ou previ como hipótese.

Gostei de ver que a pessoa que fiz de mim por dentro se manteve totalmente íntegra e não abriu a mais pequena fissura. Em momento algum tive medo ou ansiedade".



Extrato do diário que escrevi durante o internamento no Hospital de Santa Marta.

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