Monday, February 23, 2015

 

Sadomasoquismo




Pensando em Deus, o que tenho feito ao longo da vida, mesmo sendo tecnicamente agnóstico, tenho verificado a permanência de certas perplexidades:



  1. Qual a justificação para a existência (e persistência) do sofrimento de seres inocentes? porquê esse sofrimento imerecido?

  1. Deus é frequentemente apresentado como omnipresente, omnipotente, omnisciente e infinitamente bom. Ora, a persistência do sofrimento imerecido torna impossível essa coleção de qualidades na mesma entidade. Nenhuma inteligência benévola poderia permitir a persistência do sofrimento imerecido, desde que, conhecendo-o, o pudesse evitar. Nem era preciso ser infinitamente bom. Bastava sê-lo medianamente.







PENSO TER DESCOBERTO O SEGREDO: DEUS É SADOMASOQUISTA.



Sendo Deus tudo o que existe e nada podendo existir fora dele, o sofrimento dos seres, algo bem real e de infinitas formas, sentido tanto por humanos como por inúmeros seres sencientes, é também sentido por Deus. Se, podendo evitá-lo, não o faz, é porque nisso tem prazer e se sente mais vivo, dessa forma (masoquismo).

Igualmente, usa outros seres (animais e humanos) para infligir sofrimento. E alguns fazem-no com prazer. Deus sente também esse prazer, de infligir sofrimento (sadismo).

Deus sente prazer em infligir dores e em sofrer dores. Claramente, trata-se de um ente sadomasoquista.




Diz-se também que fomos feitos à sua imagem e semelhança. Se assim é, então os sadomasoquistas, os sádicos e os masoquistas, são os seres mais parecidos com o pai celeste.

Pessoas como eu, que não encontram justificação plausível para a existência do sofrimento, diferem mais do pai.



Detestando o sofrimento, não posso porém detestar Deus (como poderia a parte detestar o todo de que é parte?). Tenho pena dele. Desejaria livrá-lo dessa tão obscura dependência. Tal como ele me livrará da possibilidade de sofrer, quando entender fazer-me cessar.


Wednesday, February 04, 2015

 

A ilusão do foco (the focusing illusion)





Este é um interessante conceito desenvolvido e sustentado pelo Prof. Daniel Kahneman, Nobel da Economia 2002.



Resumidamente: Nada na vida é tão importante como cada um pensa, enquanto pensa nisso.





Exemplos:



  1. Apesar de educação ser um fator importante para o nível de rendimentos de cada um, na verdade não é tão importante como ordinariamente se pensa. Ainda que todos tivessem o mesmo nível de educação, a diferença do leque de rendimentos seria apenas 10% inferior à atual.
  2. O nível de rendimentos é importante para o nível de satisfação de cada um com as suas vidas. Porém, não é tão importante como geralmente se pensa. Se todos tivessem rendimento igual, a diferença do índice de satisfação não variaria mais que 5% relativamente ao atual.
  3. O marqueting, a publicidade e a política aproveitam e exploram esta ilusão do foco, fazendo-nos facilmente crer que certos bens ou certas soluções irão melhorar significativamente o bem estar individual ou coletivo. O que não acontece jamais como o prometido.

ver: https://andrebartholomeufernandes.com/a-ilusao-do-foco/







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